Dentro da proposta da psicanálise em extensão, o Instituto de Psicanálise do Nordeste-IPSIN abriga, sob o zelo da Diretoria de Pesquisa e Clínica, as atividades que se propõem ao formato de Núcleos de Estudos e Pesquisas.
Como lugar de investigação, os núcleos acolhem praticantes e não praticantes de psicanálise, as transferências a temas que põem em cena os campos da subjetividade, visando à construção de saberes que se articulem, com o intuito de avançar e ampliar conceitos e práticas frente ao novo que se apresenta nas desordens do mundo.
Em seu caráter político, se garantem, sob a égide da orientação lacaniana, promovendo o vivo da clínica e contemplando a singularidade dos sujeitos tanto no dispositivo analítico como no coletivo (outros territórios). Essa orientação parte do que se explora da relação do sujeito na centralidade da hipótese do inconsciente, dando a estes o lugar que se orienta pelo real, na busca da produção de um dizer ou de uma invenção que faça ler as mais variadas formas sintomáticas da existência.
Os Núcleos, no espaço do IPSIN, alimentam-se dos estudos e da pesquisa, cujo norte se ampara por seus entornos com a Escola e com a colaboração de seus operadores – significante que Lacan¹ oferece aos analistas, na sua Proposição de 9 de outubro de 1967 -, que se preparam, por meio de sua análise didática, para a função de sustentar a psicanálise em extensão no mundo.
Ao ser criado, em 2023, o Instituto de Psicanálise do Nordeste-IPSIN acolheu os Núcleos existentes e vinculados, até então, à Seção Nordeste. Com a nossa recente geografia, que unificou as delegações da EBP e Seções em vários estados do Nordeste, o Instituto como um “guarda-chuva” abrigou os Núcleos existentes, incluindo também aqueles pertencentes às redes como NRCEREDA-BRASIL, TyA e Fapol.
A partir de sua criação, novos núcleos surgiram, causados pelo desejo de investigar, produzir, acolher demandas que chegam, não só da comunidade analítica, bem como dos que se interessam em saber o que a psicanálise tem a dizer sobre os discursos vigentes que não se sustentam mais pela via do sentido e que produzem respostas as quais apagam a subjetividade.
Neste momento, contamos os seguinte Núcleos:
– Sobre o Autismo
– Sobre as Psicoses
– Sobre Arte e Psicanálise
– Sobre a Toxicomania e Psicanálise (TyA)
– Sobre O Caso Clínico em Psicanálise
– Sobre a prática analítica com as crianças e os adolescentes (NRCEREDA)
– Sobre o Feminino
Neste ambiente de multiplicidade, os núcleos têm atuado em vários lugares por meio de seus coordenadores e participantes, desde os encontros internúcleos (das Redes), até as participações nas Jornadas das Seções e dos Cartéis, além de produções e da escuta levadas aos espaços das cidades, das associações de pais, escolas e etc., dando provas de que as pesquisas têm avançado e que os núcleos encontram-se comprometidos nesse trabalho, sob transferência que sustenta um destino para suas inquietações em relação ao S2.